O texto épico sobre a Copa no Brasil

Prezado leitor, o que você está prestes a ler não é bem um post, é mais um condensado de memórias e previsões do que está por vir. Você tem todo o direito de discordar de tudo ou partes do que eu escrever, porém eu peço que sua cegueira de apaixonado por futebol não lhe impeça de ver o que está muito evidente. Você pode chamar de “teoria da conspiração” ou do que quiser. Porém, vou deixar registrado para que você possa me cobrar futuramente.

Memória

Em primeiro lugar, gostaria de lhe convidar a ler três textos que eu fiz sobre a Copa do Mundo de 2006. A minha constatação sobre o que se esperar do Brasil em 2006 foi feita 1 mês antes de iniciar a Copa: o Brasil não seria campeão, chegaria no máximo às quartas-de-final (coincidência?). Eles foram primeiramente publicados em meu blog pessoal, mas quando criei o Per Sempre Palestra mudei-os para lá.

O primeiro texto foi escrito em 25 de junho de 2006, e intitula-se 180 milhões em ação. Trata especificamente do Brasil, das semelhanças com outras Copas, o que se esperar da seleção, até onde chegaria e por quê e as explicações para tudo isso. Leia-o aqui.

O segundo foi escrito no dia em que o Brasil foi eliminado, 2 de julho de 2006, logo após o fim do jogo, e intitula-se Déjà vu. Fala das coincidências (?) com outras Copas, as explicações e o futuro da Copa de 2006. Aqui.

O terceiro foi escrito em 5 de julho de 2006, pouco antes da final da Copa daquele ano. Intitula-se Bleu x Blu (azul x azul, em francês e italiano, respectivamente). Só é uma pena que eu tenha errado o campeão (porém 3 dias antes desejei sorte à seleção de azul)… De qualquer forma, antes de continuar, leia este também.

Copa do Mundo de 2010

A empresa em que eu trabalhava fez um bolão. Eram várias as regras, mas basicamente chutaríamos os placares de todos os jogos da primeira fase e, conforme as fases fossem avançando, apostaríamos nelas (por exemplo, só poderíamos apostar nas oitavas-de-final quando se definissem todas as seleções que jogariam as oitavas). Eu fui um desastre nesse bolão, fiquei na metade de baixo da tabela. Porém, o jogo mais importante eu acertei: Holanda 2 x 1 Brasil. Quando fiz esta aposta, meus colegas tiveram a mesma reação que você está tendo agora: “como assim apostar contra o Brasil?”, “você quer me dizer que previu, então”? Não, nada disso. Primeiramente que eu não apostei contra o Brasil, eu apostei no placar. Foi meu palpite que definiu o resultado do jogo, por acaso? Em segundo lugar, não previ nada. Eu só sabia que o Brasil seria eliminado, o resultado do jogo foi chute mesmo. Você pode pensar o que quiser, mas não pode negar que eu estava certo novamente. Nesta Copa, infelizmente a minha ingenuidade não me deixou ver quem seria o campeão. Assim como em 2002, eu achei que a seleção mais preparada seria a vencedora (em 2002 apostei na Argentina). Cá entre nós, era evidente que uma seleção sem títulos venceria, né?

Receita para ser campeão da Copa e ser escolhido sede da competição

Para ser campeão, primeiro você precisa de argumentos.

Em 94, o argumento era que o Brasil não era campeão há 24 anos.

Em 98, a França vivia quase uma guerra interna (lembra da política pão e circo?).

Em 2002, o Brasil argumentou que, como já havia entregue a Copa de 98, teria que levar a de 2002 (na verdade essa troca já rolou em 98. Veja o grupo e o caminho do Brasil na Copa de 2002: era ridículo!).

2006: “entregaremos em troca de tornar um brasileiro (Ronaldo, envolvido nos esquemas de 98 e 2002) o maior artilheiro das Copas”.

Em 2010, tendo o Brasil penta e a Itália tri, o Brasil trocou: “a gente deixa a Itália levar, pra não ficar muito longe da gente e já que faz tempo que não ganha nada, mas em troca queremos a Copa de 2014 no Brasil”.

Para ser sede, primeiro você precisa de argumentos.

Em 98, a França vivia quase uma guerra interna (lembra da política pão e circo?).

Em 2010, a primeira Copa na África. Ah, como são bondosos esses dirigentes… Uma Copa lá quase faz o povo esquecer o Apartheid… Aham, senta lá, Cláudia. “Entregaremos 2010, mas queremos…”

A Copa no Brasil em 2014. Candidato único, apesar do despreparo do País em sediar até festa infantil.

A revelação do texto épico sobre a Copa no Brasil

O CAMPEÃO SERÁ O BRASIL!

Isso você poderá me cobrar em 2014.

Ricardo Teixeira, Joseph Blattner, FIFA, CBF, COL, estádios, dinheiro público, infraestrutura e todo o resto

Se eu fosse um estrangeiro e tivesse que escolher as cidades-sede do Brasil para a Copa, colocaria o dedo em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Sabe por quê? Primeiro porque são as maiores e mais ricas cidades do país, são as que têm os maiores clubes e os maiores aeroportos. Em segundo lugar, porque estas cidades têm o Estádio Olímpico (RS), a Kyocera Arena (PR), o Morumbi (SP), o Maracanã (RJ) e o Mineirão (MG).

Como sou brasileiro, excluiria da conta Rio de Janeiro e São Paulo. “Você tá louco?! Excluir a maior cidade do país e o mitológico Maracanã?”. Não, não estou. Você é que está olhando com olhos de apaixonado. Veja bem, meu amigo. O Rio de Janeiro está tomado pelo tráfico e pela violência. Para sediar a Copa lá seria preciso fazer acordos com os bandidos, garantindo-lhes uma grana ferrada para não atrapalharem os turistas (mais ou menos como foi feito nos Jogos Panamericanos). O próprio governo patrocinaria o tráfico, e todo aquele barulho pra tomar o morro do Alemão seria mais floreio do que já é. E São Paulo não dá conta dos moradores de lá, como vai abrigar milhares de turistas? O crime lá está descontrolado também, e o transporte público é mais um “pelo menos”: pelo menos você não anda a pé. Com certeza seria uma pena ficar sem Maracanã e Morumbi (este último talvez o que estivesse mais próximo do ideal para um evento deste porte), porém há anos a população clama por melhorias, e tudo o que fazem é se indignar com a corrupção.

Por falar em corrupção, é impressionante como essa palavra e Ricardo Teixeira sempre aparecem juntos na frase. Não contente em ser o presidente da CBF há zilhões de anos, ainda se autointitulou presidente do COL (Comitê Organizador Local – o grupinho responsável por fazer a Copa acontecer). E qualquer relação com João Havelange (sogro de Ricardo Teixeira, ex-presidente da FIFA), Ricardo Teixeira postulante a presidente da FIFA e a Copa no Brasil não são meras concidências. Nos bastidores políticos, Fábio Koff venceu Kleber Leite nas eleições para a presidência do Clube dos 13. Kleber era o candidato da CBF. Fábio, o da maioria dos clubes. Todos sabem da relação complicada da CBF com o Clube dos 13 (recordar é viver: De quem são as bolas?). A CBF manda no futebol no Brasil, mas quem tem a grana é o Clube dos 13. Não tendo seu candidato na presidência da instituição, a CBF ficou ofendidinha e, sem expôr publicamente, começou a retaliar os clubes que foram contra Kleber e a beneficiar os que foram a favor. É o caso, por exemplo, do São Paulo, que votou em Fábio Koff, e do Corinthians, que votou em Kleber.

Alguns estádios eu diria que estão “quase prontos” (perceba que de “quase” para “adequado” são anos-luz). Adequa-los não seria um problema muito grande. Não seria, repito. Pois, em meio às guerras políticas, alguns desses estádios talvez nem sejam usados na Copa. Tendo votado contra o candidato da CBF, o São Paulo arrumou briga com gente grande. O dono do Morumbi (a meu ver, o mais bem preparado estádio do Brasil), não acatou as exigências da FIFA para adequa-lo aos padrões da Copa do Mundo (que praticamente exigia a reconstrução do estádio) e a CBF, ofendidinha novamente, cortou o Morumbi como palco da abertura da Copa. Só por isso? Claro que não. O voto contra Kleber pesou muito contra o time do Jardim Leonor. Por outro lado, o queridinho da CBF e da Globo, o Corinthians, conseguiu verba e liberação para a construção do Fielzão, seu estádio, muito mais rápido do que, por exemplo, o Palmeiras conseguiu liberação para a construção da tão falada Arena Palestra Itália, em projeto desde antes de o Brasil ser escolhido para sede da Copa. Mas esse é só um exemplo, pois tanto WTorre quanto Palmeiras sempre deixaram bem claro que o estádio é para o clube e que estaria à disposição para a Copa, se preciso fosse. Lá, até rola um lobbyzinho para que a seleção italiana se hospede no Palestra, porém até quem é contra a construção da Arena deixa bem claro que este estádio é para uso do Palmeiras, e não visando a Copa.

Renegado por São Paulo (o melhor estádio) e Palmeiras (a ser o melhor estádio), o sonho da abertura da Copa ser em São Paulo quase ruiu. Quase. Investimentos públicos para a construção de um estádio particular serão liberados em breve. Exatamente isso: dinheiro público (seu dinheiro) para a construção de um estádio particular (todos que estão me lendo são corinthianos?). A maior cidade do país não pode ficar sem a abertura, pois a final já será no mitológico Maracanã. E, dessa vez, diferente de 1950, este ano o Brasil será o campeão.

Esse problema de São Paulo ainda passa pelo tal Piritubão. Um local que não tem absolutamente nada. E no meio desse nada está a relação com o futebol: nenhum clube é de lá, a molecada não joga bola na rua e a população talvez nem saiba o que seja futebol. Qual seria o uso para um estádio desse, se a cidade já tem o Pacaembu? E não só isso. Ainda existem os projetos dos “elefantes brancos”: estádio na Amazônia, no Pantanal, em Brasília, no Nordeste… Sabe o que parece? Parece aqueles fazendeiros que recebem o prefeito na fazenda, e saem mostrando as vacas, os porcos, as galinhas, a plantação… “Olha, como os animais estão gordos, como a folha está verde…”. “Olha nossa Amazônia, nosso Pantanal… você não quer trazer dinheiro pra cá? Tudo está à venda. Olha nosso nordeste como é pobre… você não tem dó?”. Qual seria a utilidade destes estádios nessas ilhas de Lost após a Copa? Se as grandes cidades não comportam tal evento, como um matagal vai comportar?

A infraestrutura do país no que diz respeito a futebol é obscena: os estádios estão caindo aos pedaços (no caso da Fonte Nova na Bahia, ela caiu mesmo), a estrutura é rirícula, os sanitários estão em situação deplorável e ninguém consegue vender ingresso direito (inclua nessa conta os horários de venda, as formas de pagamento e entrega e os preços). Tem gente e jogador morrendo nos estádios. A saúde no Brasil praticamente rasteja em ambientes insalubres. Sem contar os horários dos jogos, os locais e os meios de locomoção até eles (de novo, o problema do transporte público). Você que não mora em São Paulo não tem a mínima ideia do que é pegar um ônibus naquela cidade. Você não tem ideia da bagunça que são os aeroportos.

O Brasil foi reprovado em todas as avaliações que sofreu até agora da FIFA. E, mais recentemente, Joseph Blattner criticou duramente a preparação brasileira para o evento.  Disse “a Copa é amanhã, e o Brasil está achando que é depois de amanhã”. Ricardo Teixeira ficou ofendidinho, e Orlando Silva, nosso ministro dos esportes, também tomou as dores, e fizeram correr uma tal informação de que no início do mês Joseph havia elogiado os avanços. Enquanto isso, Teixeira luta (nem tão nos bastidores assim) contra mais uma CPI a ser instaurada contra ele e a CBF.

Não adianta reclamar agora. Isso tudo deveria ter sido feito anos atrás, décadas atrás. Sediar uma Copa é muito mais do que vender lugar numerado para torcedor: é modernizar todo o ambiente. Mais do que isso, é adequar o país para a sua população. Não deveria ser necessário um evento deste porte para que as coisas saíssem do papel. Há anos essa corrupção afunda o país e deixa os ricos cada vez mais ricos e a população marginalizada e miserável. O problema é que eles ainda não perceberam que a velocidade do progresso do país e a grana que eles engordam dependem muito mais do povo do que deles mesmos. O povo tem sua parcela de culpa? Claro que tem. A educação não é valorizada, ninguém quer se esforçar. O crime compensa. Dá mais dinheiro, é mais fácil. A mudança deveria vir de cima pra baixo, mas o exemplo que dão é exatamente o que a população está seguindo. Infelizmente, isso aqui ainda é Brasil, e a Copa aqui será uma vergonha.

8 responses to “O texto épico sobre a Copa no Brasil

  1. CARA, MUITO OBRIGADO POR TER ESCREVIDO ISSO, GOSTEI MUITO, E TAMBÉM EU ESTAVA PRECISANDO DESSE TEXTO PARA FAZER UM TRABALHO.
    VALEU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! CARA VALEU MESMO.

  2. Cara, com todo respeito, isso não passa de bobagens…

    Em 2006, a Copa foi na Alemanha, vc acha que estava programado para Itália ser Campeã, mesmo esta sendo uma das maiores rivais da Alemanha?

    Quanto a interesses não há dúvidas, porém, dentro do campo de jogo, normalmente a história é outra, se fosse assim, a Inglaterra, que desde 1966 não ganha nada, pleitearia uma ganhar uma Copa nesse tempo todo.

    Se tudo dependesse somente do Brasil, eu não teria dúvida alguma do seu texto, mas quando envolve Europa, a fiscalização de cada qual com os interesses do seu país é muito séria, é muito precisa.

    A Copa de 1998, que é a mais polêmica de todas, essa sim pode ter alguma discórdia, mas o que aconteceu em 2006 (Brasil eliminado pela mesma França) provou que o Brasil treme contra a França, há um impacto psicológico nos jogadores brasileiros quando enfrentam os franceses, isso desde a Copa de 1986, e teve o fato com o Ronaldo tb, é tudo muito boato, mas o que sei é que o Ronaldo só jogou por força de contrato de patrocinadores.

    O Brasil não vai ganhar a Copa de 2014, muito provávelmente será a Argentina, Alemanha ou Espanha quem levará a taça em nosso país, a única chance do Brasil levar, é não ter pelo menos até 2 anos antes do inicio da Copa, um técnico retranqueiro, um técnico que priorize placares magros, vítórias sofridas, e principalmente que não consegue extrair o máximo dos jogadores.

    A geração que vem agora, é muito boa, mas o time da Alemanha se estiver muito entrosado, vai ser imbatível, a Espanha tb é muito forte, mas vamos aguardar.

    Vou passar aqui a provável escalação da Seleção Brasileira de 2014:
    1- Fábio (Cruzeiro)
    2- Cicinho (Palmeiras)
    3- Tiago Silva
    4- David Silva
    5- Lucas
    6- André Santos
    7- Elano
    8- Ramires
    9- Pato
    10- Ganso
    11- Neymar

    • Seria uma grata surpresa ver Cicinho (Palmeiras) evoluir a ponto de ser titular da seleção daqui 3 anos. O moleque é bom. Vamos torcer para que tudo se encaminhe pra isso.
      Abraço.

  3. Meu caro, não sei se concordo com tudo o que li em relação a entrega de jogos nas copas como moeda de troca em uma negociata (mas também se for não seria tanta surpresa assim), mas de resto muita coisa faz sentido pois não devemos esquecer que antes de sermos o “país do futebol” somos o país da corrupção.
    Mas é claro que corrupção não é exclusividade brasileira, acontece em todos os cantos do mundo, mas a forma como anda as coisas por aqui deixa escancarado o potêncial do Brasil para essa prática também. Só quem é voluntário a cego não vê.
    É lamentável por exemplo o uso de verba pública para contrução de estádios particulares como estão querendo fazer por aí, sendo que querem fazer “puxadinhos”
    nos aeroportos por falta de verba adequada.
    Mas o que me indigna de fato é a politicagem de retaliação pela CBF/GLOBO e FIFA a clubes que só fizeram valer o seu direito a democracia, se é que se pode acreditar de fato em “democracia” por aqui e o fato de algumas pessoas não querer enxergar isso, não quer dizer que o “fato concreto” não esteja aí para quem quiser ver.
    Enfim, ainda acho que muita coisa ainda esta por vir, e resta a nós “torcedores fantoches” aguardar o desenrolar dos fatos e o impacto que isso irá causar em nosso dia a dia mesmo depois que o “circo” abaixar a lona e for embora em 2014.
    Quem viver verá …..

    • Gostei muito do seu comentário. Tem uma opinião bem formada e lúcida sobre a coisa toda. E até complementa partes do texto. Obrigado pela participação!

  4. O texto é interessante, mas discordo de quase tudo que foi dito. A começar por essa tola esquematização de “sistemas de entreguismo” na Copa do Mundo, Totalmente sem pé nem cabeça!! Pegando resultados já consumados, é facil montar qualquer esquema possivel de associações que os conecte. Toda Teoria da Conspiração se baseia nesta premissa.

    Excluir o Rio de Janeiro da Copa também me parece uma besteira das grandes! Com todos os problemas de violência e deficit habitacional (que São Paulo também tem sabemos, mas por ser um pouco mais diluido que no Rio, já que não há morros [posição estratégica]) a cidade fez um bom Pan em termos de organização, e se prepara para uma olimpiada que deve compor um complexo de estruturação que facilita a implementação de obras para a Copa. O grande problema destes eventos por aqui não é estrutural, mas administrativo, principalmente qunado falamos de uso de dinheiro público, corrupção e legado.

    Abraços.

    • Não deixa de ser uma opinião. Obrigado pela resposta e pela educação (coisa rara quando se trata de opiniões contrárias).
      Veja bem que sobre a Copa de 2006 eu escrevi antes de a Copa se iniciar. E sobre a Copa de 2014, também está escrito anos antes, certo?
      Agora resta esperar para ver.
      Abraço.

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